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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A Borboleta Azul

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes.
As meninas sempre faziam muitas perguntas.
Algumas ele sabia responder, outras não.
Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem férias com um sábio que morava no alto de uma colina.
O sábio sempre respondia todas as perguntas sem hesitar.
Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder.
Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.
- O que você vai fazer? - perguntou a irmã.
- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta.
- Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar.
Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la.
E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!
As duas meninas foram então ao encontro do sábio, que estava meditando.
- Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?
Calmamente o sábio sorriu e respondeu:
- Depende de você...ela está em suas mãos.
Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.
Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado.
Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos (ou não conquistamos).
Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta azul...
Cabe a nós escolher o que fazer com ela.
Autora: Lenira Almeida Heck

sábado, 19 de fevereiro de 2011

A dor de ser desprezado

Existem momentos em que ficamos profundamente desapontados e, por quê não dizer, tristes. É que esperávamos uma outra atitude de alguém que nos é importante. Esperávamos, talvez, a mesma atenção que temos para com a pessoa. Quando nós gostamos de alguém, costumamos ser cuidadosos, não queremos magoar ou por em risco uma grande amizade. Medimos nossas palavras, prestamos atenção nas nossas ações, tudo para ter certeza de que não corremos o risco de ferir quem amamos. Seria bom se todos fossem assim, não é mesmo? Mas, infelizmente, a maioria das pessoas está muito mais preocupada consigo mesma do que com os outros. Às vezes, nem é por mal, acontece apenas por descuido e ignorância, pois ainda não aprenderam que somos interdependentes e, amanhã, o amigo desprezado poderá de alguma forma ser necessário novamente. Richard Bach já escreveu um dia que devemos tomar cuidado ao bater uma porta, pois poderemos querer voltar.
 
É lamentável que grande parte das pessoas viva somente prestando atenção em seu próprio ego e tudo o que diga respeito a ele. É quase como se as outras pessoas não existissem. Ora, mas isso é um absurdo. Diariamente nos deparamos com as “outras pessoas” que fazem parte de nossas vidas. Elas também têm ego, anseios, desejos, problemas, dificuldades, sonhos, e acima de tudo (não podemos nunca esquecer) sentimentos. É muito fácil magoar uma pessoa. Basta mentir, enganar, usar de falsidade, fazer promessas que não se cumprem, ignorar, fazer o outro crer que é um “nada no mundo”. Isso tudo é “tiro e queda” para deixar alguém lá embaixo. Difícil depois é recuperar o estrago feito, quando a pessoa tomou consciência de como foi ludibriada e já não tem o desejo de tentar novamente. Muitos casamentos terminam assim, muitas amizades, muitos laços de parentesco. “Quem ama, cuida” é o que diz o provérbio.
 
O problema é que nem sempre nos damos conta de que aquela pessoa nos é importante. Achamos que ela é apenas mais uma, e que se for embora isso não nos fará a mínima diferença. Afinal, com tantas pessoas à nossa volta, porque teríamos de nos preocupar justamente com essa? Eu gostaria de lhe fazer uma pergunta que precisa de uma resposta sincera, e pode ficar tranqüilo que não terá de responder para mim, somente para você. Será que existe um outro alguém que goste de você tão sinceramente quanto essa pessoa? Será que ela é tão prescindível assim? Consegue imaginar um amigo mais fiel, mais companheiro, mais honesto com você? Será que pode realmente descartar essa pessoa da sua vida sem sofrer as conseqüências disso?
 
Se você tem dúvida não deixe acontecer o pior, pois pode ser que esse alguém nunca mais olhe na sua cara. Pode ser que queira ficar bem longe de você, desta vez. É que as pessoas se magoam, sofrem, choram quando são enganadas, desprezadas, humilhadas. Nem sempre a gente se dá conta do estrago que pode fazer na vida de alguém. É muito triste ser verdadeiro com pessoas que não sabem valorizar o que é isso. Mas, preste atenção, o tempo é implacável e trará luz sobre esses episódios. Não haverá quem deixe de testemunhar a verdade. Tem muita gente boa sendo desprezada por quem “não vale o feijão que come”. Deus está vendo tudinho. Foi Jesus quem disse que não devemos dar coisas santas aos cães e nem pérolas aos porcos (Mt 7, 6). Se você está cansado de ser ignorado, dê um basta em tudo isso. Tem gente que só aprende a dar valor para quem merece quando acaba perdendo. Agora, se você foi quem “pisou na bola”, corra. Quem sabe ainda dá tempo de reverter o prejuízo.

Autora: Maria Regina Canhos Vicentin

A dor do desprezo.

Alguma vez, você já ficou sem o chão? Sim, exatamente isso, sem o chão? Você não leu errado. Alguma vez, você ficou assim, meio que parecendo um bobo, perdido como uma barata tonta? Tenho certeza que sim. Às vezes acontecem algumas coisas ruins em nossas vidas, que literalmente nos tiram o chão. O anuncio da demissão, a morte prematura de alguém muito querido, o desencontro, o diz que me disse envolvendo o nosso nome, uma acusação leviana entre muitas outras situações tão corriqueiras nos nossos dias. Nestes momentos, a decepção com os fatos, sempre nos faz morrer um pouco. Esse “de repente”, esse chega pra lá que levamos, que nos pega de calças curtas, é extremamente nocivo a nossa saúde, são momento que podem nos lançar a instantes depressivos ou ainda a uma depressão profunda. Entre muitas situações ruins, encontramos algo simplesmente devastador. O desprezo. Ai! Como dói o desprezo. Ser desprezado é uma das mais terríveis formas de sofrimento. Em qual quer situação vivemos a expectativa de bons resultados e o desprezo frustra esta expectativa. E quando o desprezo parte de alguém que queremos bem, de alguém que amamos é muito pior. Neste caso realmente perdemos o chão. Sentimos apenas o desamor da pessoa amada. O desprezo nunca anda só, ele é constantemente acompanhado da agressão verbal. O poder da palavra desferida é muito mais forte que à bala de um revolver. Seu estrago pode ser avassalador, seus danos podem ser irreparáveis. E algumas coisas não voltam atrás. Na maioria das vezes gostamos de ser as vitimas, queremos ser a pedra e não a vidraça. Nunca nos colocamos no lugar dos outros e atingimos de imediato o que julgamos ser os “defeitos” das pessoas. Agredimos gratuitamente sem pensarmos duas vezes. Nunca, absolutamente nunca comparamos as qualidades com os defeitos. Dizemos coisas que machucam os outros. O que importa é o nosso orgulho que foi ferido e a nossa total intolerância e incompreensão dos fatos. Dentro de um relacionamento, é de fundamental importância que as pessoas usem o bom senso e o bom humor para o equilíbrio da harmonia no lar. Do que vale um casal ser perfeito na rua e ser completamente o inverso dentro de casa? A cumplicidade deve ser o primeiro passo em um relacionamento. Quando surge um problema, é comum sempre haver, ou melhor, sempre eleger um culpado. E isto abre espaço para que outro também possa errar, mesmo que de propósito, achando-se no direito de retribuir com as mesmas moedas. Neste caso fica clara a falta de cumplicidade. Ninguém consegue amar sozinho, ninguém é alto suficiente, ninguém é melhor que ninguém, seja no quesito que for. Ouvir da pessoa que amamos, palavras duras e grosseiras é algo que nos faz pensar sobre o nosso próprio amor. Esta atitude põe em cheque se estamos agindo certo ou não. Devemos analisar os fatos e ponderar as atitudes, devemos definitivamente dizer não a submissão. Tolerância tem limites! Quem ama perdoa! Quem ama não agride!
 
Autor: Reginaldo Cordoa

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ser Pai

Ser pai não é apenas gerar vidas.
Ser pai é muito mais, é estar ali, presente, marcando todos os momentos e contribundo para a alegria da família.

Ser pai é participar, regando com carinho, amor e atenção, o fruto novo que necessita de cuidados para que possa se desenvolver e crescer saudável.

Ser pai é acompanhar todos os passos do filho, oferecendo, além de carinho e amor, segurança, bem-estar, educação e lazer.

Ser pai é conduzir o filho pelas veredas da vida, apontando o que é bom e o que é ruim. Ensinando que a vida é tão boa de se viver, e que cabe a nós dar rumo certo a ela.

Ser pai é promover o ensinamento e a educação da fé, mostrando a bondade e o amor de Deus para com a humanidade e que podemos e devemos imita-lo, sendo seus seguidores e promotores da paz.

Ser pai é ser amigo, companheiro, compreensivo e confidente, é saber escutar com o coração aberto. É estender a mão, não só na alegria, mas, principalmente nas adversidades.

Ser pai é carregar o filho no colo, brincar, correr, pular. É encher de alegria o pequenino ser. É também corrigir, sem, contudo, ofender a integridade física, fazendo com que o filho aprenda a ter respeito e não medo.

Ser pai é amar de corpo e alma, assim como Deus ama a cada um de nós, seus filhos. Ser pai é enxergar no sorriso do filho, uma bênção de Deus e a alegria da vida.

Ser pai é saber, juntamente com o filho, pintar a vida com as cores da felicidade. Ser pai é entender a criação como obra-prima de Deus e um presente Dele para conosco.


MENSAGEM: Meu filho, se algum dia você ler essa mensagem, você vai ver porque eu me peocupo tanto com você, e às vezes você se aborrece comigo quando lhe cobro as coisas, pois esse mundo em que vivemos se tornou muito violento, e eu tenho medo de te perder para ele. Uma das causas do meu sofrimento é pela nossa separação, pois você saiu do meu poder com 13 anos, quando a nossa família foi destruída por pessoas que diziam ser amigas, mais isso não importa, é passado. Mesmo assim continuo lhe amando e sendo um "Pai" presente mesmo à distância, pois só quero o melhor para você. Você foi o maior presente e a maior dádiva que Deus me deu, por isso continuo disponível a qualquer momento para tirar suas dúvidas quando for solicitado. Te amo por todos os dias da minha vida, e clamando ao Criador para que te proteja, te ilumine e te guarde todos os dias pelas veredas da vida. Um grande beijo "Meu Filho" e que Jesus te abençõe. TE AMO!!!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo sobre o "BBB"

Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço... A décima primeira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil, encontrar as palavras dequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela analização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Ipossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados.
Heróis, são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia. Heróis, são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis, são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONGs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).
Heróis, são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor,  ética, trabalho e moral.
E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema..., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir.
Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.