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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Toque de Paixão


Toco-te!

Todos os meus sentidos se entregam embevecido são calor deste momento.

Toco-te!

Percorro teu corpo cheiroso enquanto vibras dengoso e teus desejos aumento.

Toco-te!

Não há mais resistências. Matamos nossas carências dos mais ousados apetites.

Tocas-me!

Então me sinto perdida e me entrego sem medida a tua voracidade sem limites.

Tocas-me!

Desbravas o meu avesso e sabes que conheço as diabruras do teu pensar.

Tocas-me!

E entre gemidos convulsos aceleram-se nossos pulsos na ânsia de delirar.

Tal qual serpentes nos enlaçamos, ávidos de prazer nos entregamos, plenos de gozo encontramos a plenitude do nosso amar.

( Autor Desconhecido )

A Linguagem dos Olhos

Falta ainda a linguagem do gosto! Que gosto terá sua boca quando colada na minha? Que indizível prazer devo sentir ao te percorrer? Que doce delírio sentir tua boca, todo o meu corpo morder...

Falta ainda a linguagem do tato! Como será o entrelaçar das nossas trêmulas mãos? O abraço tão apertado que poderemos ouvir nossos corações, pulsando sôfregos e descompassado sem meio a tão arrebatadoras emoções...

Falta ainda a linguagem do cheiro! Não o cheiro da minha ou da tua preferida colônia. Mas o nosso cheiro, natural, hormonal, quase animal. Falando da premência da entrega, assim sem nenhuma cerimônia...

Porque eu já conheço a tua voz acariciante. Porque eu já conheço a tua melancólica expressão. Porque eu já conheço o teu complicado sentir. Porque eu já conheço a tua férrea razão.

Mas que presunção a minha, eu achar que te conheço. Não porque falte o tato, o olfato e o paladar. Eu só poderei dizer que realmente te conheço quando, olhos nos olhos, a tua Alma eu puder sondar.

( Fátima Irene Pinto )

O Semeador

Dona Angélica era professora. Residia em uma pequena cidade e dava aulas numa vila próxima. Não era considerada uma pessoa equilibrada em razão do seu comportamento, que parecia um tanto esquisito. Os alunos da escola de primeiro grau tinham-na como uma pessoa muito estranha. Eles observavam que a professora, nas suas viagens de ida e volta do lar à escola, fazia gestos e movimentos com as mãos, que não conseguiam entender, e por esse motivo, pensavam que ela era meio fora do juízo. Pela janela do trem, dona Angélica fazia acenos como se estivesse dizendo adeus a alguém invisível aos olhos de todos. As crianças faziam zombarias, criticavam-na, mas ela não sabia, pois os comentários eram feitos às escondidas. Todos, inclusive os pais e demais professores, achavam que ela era maluca, embora reconhecessem que era uma excelente educadora. Os anos se passavam e a situação continuava a mesma. Várias gerações receberam, da bondosa e dedicada professora, ensinamentos valiosos e abençoados. Dona Angélica era uma pessoa de boas maneiras, calma e gentil, mas não muito bem compreendida. Envelhecia no exercício do dever de preparar as crianças para um futuro melhor, com espírito de abnegação e devotamento quase maternal. Certo dia em que viajava para sua querida escola, com diversas crianças na mesma classe do trem, movimentava, como sempre, as mãos para fora da janela. Os alunos sentados na parte de traz sorriam maliciosamente quando Alberto, seu aluno de dez anos, porque amava muito sua mestra, sentou-se ao seu lado e, com ternura lhe perguntou: - Professora, porque você insiste em continuar com essas atitudes loucas? - Que deseja dizer, filho? - interrogou, surpresa, a bondosa senhora. - Ora, professora - continuou ele - você fica dando adeuses para os animais, abanando as mãos... Isso não é loucura? A mestra amiga compreendeu e sorriu. Sinceramente emocionada, chamou a atenção do aluno, dizendo: - Veja esta bolsa - e apontou para a intimidade do objeto de couro forrado. Nota o que há aí dentro? - Sim - respondeu Alberto. Eu vejo que há algo aí, mas o que é afinal? A professora respondeu calmamente: - É pólen de flores. São sementes miúdas... Há quase vinte anos eu passo por este caminho, indo e vindo da escola. A estrada, antes, era feia, árida, desagradável. Eu tive a idéia de a embelezar, semeando flores. Desse modo, de quando em quando, reuno sementes de belas e delicadas flores do campo e as atiro pela janela... Sei que cairão em terra amiga e, acarinhadas pela primavera, se transformarão em plantas a produzirem flores, dando cor e alegria à paisagem. Como você pode perceber, a paisagem já não é mais árida. Há flores de diversos matizes e suave perfume no ar, que a brisa se encarrega de espalhar por todos os lados.

Reflexão: Na vida, todos somos semeadores... Uns semeiam flores e descobrem belezas, perfumes e frutos. Outros semeiam espinhos e se ferem nas suas pontas agudas. Ninguém vive sem semear, seja o bem, seja o mal... Felizes são aqueles que, por onde passam, deixam sementes de amor, de bondade, de afeto... ( Amélia Rodrigues )

Pensamento do dia

Lembre-se dos dois benefícios do fracasso. Primeiro, se você fracassa, você aprende o que não funciona; e segundo, o fracasso dá a você a oportunidade para tentar um novo caminho.